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15 Uma Comparação Básica Entre as Economias e Sociedades Lusófonas e Espanholas do Mundo

Uma Comparação Básica Entre as Economias e Sociedades Lusófonas e Espanholas do Mundo

Matthew Wilson

Há séculos, os impérios emergentes da Espanha e de Portugal começaram a tomar controle de várias partes do mundo. Depois do Tratado de Tordesilhas, os dois países dividiram o globo em duas metades. A colonização teve impactos — tanto negativos quanto positivos — que ainda são sentidos hoje em dia, e as diferenças entre esses países e suas formas de colonizar continuam influenciando a sociedade global como um todo. Apesar de a Espanha ter colonizado a maior parte das Américas, Portugal estabeleceu domínio em diversas regiões do mundo, como o Brasil, além de partes da África e da Ásia. As formas de colonização também foram bem diferentes, e isso ainda é visível hoje quando comparamos as ex-colônias espanholas e
portuguesas.

Hoje em dia, esses países, grandes ou pequenos, seguem conectados por esse passado de colonização ibérica, mas suas culturas, níveis de desenvolvimento e estruturas sociais são bastante distintas — e, em muitos casos, quase opostas.

No século XV, o Império Português foi se formando em meio a uma Europa que passava por mudanças rápidas (Cartwright e Oliveira, 2021). Os portugueses começaram pela costa oeste da África, em busca de ouro e outras riquezas. Também tinham o objetivo de estabelecer estados cristãos na Ásia, depois de séculos de confronto com impérios muçulmanos na região. Em 1455, Portugal tomou o controle da Madeira, um arquipélago próximo à África. A partir dali, passou a explorar a costa leste africana e, em 1486, colonizou as ilhas desabitadas de São Tomé e Príncipe. Os exploradores ibéricos começaram a marcar presença no continente africano — e, com essa presença, cresceram tanto as economias de Espanha e Portugal quanto as rotas de escravização e as bases do imperialismo europeu.

Em 1492, o navegador Cristóvão Colombo liderou uma expedição espanhola que chegou ao continente americano (Neves Silva). Poucos anos depois, o Império Espanhol já controlava uma vasta área, que ia do atual Canadá até a Argentina. A maior parte da América ficou sob domínio espanhol, mas em 1494 Portugal e Espanha assinaram um tratado que dividia o mundo entre os dois (Higa). Esse acordo, conhecido como Tratado de Tordesilhas, deu à Espanha a parte ocidental das Américas, enquanto Portugal ficou com o Brasil e o controle da costa africana.

Hoje, o Brasil é a maior ex-colônia de Portugal. Na América do Sul, existem nove países hispano-falantes: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai. Entre todos esses, o Brasil se destaca por ter uma população estimada em cerca de 212 milhões de pessoas (“População – América do Sul”, 2020). O país também possui a maior economia da América Latina, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 4,016 trilhões de dólares em 2023, ajustado por paridade de poder de compra (“Real GDP (purchasing power parity) Comparison – The World Factbook”, 2023). Atualmente, o Brasil tem a sétima maior economia
do mundo e é um importante exportador em diversos setores.

No entanto, o Brasil não é muito diferente de seus vizinhos em termos econômicos. Com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,765, o país é classificado como tendo “alto desenvolvimento humano”, com níveis elevados de PIB per capita, expectativa de vida e qualidade da educação (Freire, 2025). Fica um ponto abaixo da Colômbia e dois acima do Equador. Segundo a Exame, o estado de São Paulo tem um nível de desenvolvimento semelhante ao da Costa Rica, enquanto o Maranhão está no mesmo patamar que El Salvador.

O Brasil também compartilha uma história semelhante com seu vizinho mais conhecido, a Argentina. Apesar da rivalidade no futebol, os dois países conquistaram a independência em meados do século XIX. No fim do século, ambos receberam grandes ondas de imigração da
Europa e da Ásia. Já na década de 1980, passaram por regimes ditatoriais. A democracia voltou à Argentina em 1983 e ao Brasil em 1985, e hoje os dois países têm sistemas de governo estáveis e democráticos (H2FOZ – Del Equipo Editorial, 2015).

O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é frequentemente comparado a outros líderes progressistas das Américas, como Joe Biden, dos Estados Unidos, e Andrés Manuel López Obrador, do México (“Os inescapáveis paralelos entre Lula e Biden”, 2025). Seu
antecessor conservador, Jair Bolsonaro, manteve relações próximas com os presidentes dos Estados Unidos e da Argentina à época, Donald Trump e Javier Milei.

O Brasil não só tem relações, qualidade de vida e um sistema político semelhantes aos de outros países das Américas, como também enfrenta muitos dos mesmos desafios do continente. Por exemplo, o país, assim como o restante do hemisfério, teve uma história profundamente marcada pela escravidão — e, indiscutivelmente, foi o país mais impactado do mundo por esses
horrores do passado (Bezerra, 2025). Se São Paulo fosse a Nova York da América do Sul, Salvador seria comparável a Cartagena ou a Charleston no Brasil, justamente por essa herança histórica em comum.

Hoje, o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, com 63% da riqueza concentrada nas mãos de apenas 1% da população (Garcia, 2024). Favelas como a Rocinha, no Rio de Janeiro, têm muitas semelhanças com a Comuna 13, de Medellín, e a Villa 31, de Buenos Aires. Já os centros comerciais e as mansões do Leblon refletem um estilo de vida parecido com
o de El Poblado e Palermo, nessas mesmas cidades.

O Brasil lidera o ranking mundial de homicídios em números absolutos, mas é seguido de perto por países como os Estados Unidos, o México e outros da região. A maioria dos países da América Latina apresenta níveis semelhantes de corrupção, e temas como a autocratização não mostram muitas diferenças entre o 8 de janeiro no Brasil e os ataques de 6 de janeiro nos Estados Unidos.

O Brasil é, sem dúvida, um país americano. Sua história, sua economia atual e seus desafios estão presentes em todo o continente, e, séculos após o Tratado de Tordesilhas, os dois lados do acordo continuam influenciando toda a região. No entanto, o Brasil é único por uma grande diversidade de razões. Ele é emblemático do restante da América Latina em muitos aspectos, sim, mas vai além de estatísticas e fatos históricos.

Um ponto importante é a educação: embora os espanhóis tenham fundado diversas universidades importantes em toda a América, a primeira universidade brasileira, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, só foi inaugurada em 1920 (Levy, 2006).

Mas, acima de tudo, o que realmente diferencia o Brasil do restante do continente é a sua cultura. Tudo — do samba, bossa nova e funk à feijoada, pão de queijo e brigadeiro — é único do país. O Brasil tem seus próprios clubes de futebol, um estilo singular de Carnaval, e uma
enorme variedade de grupos étnicos, religiões e pessoas que formam um país incrível e soberano.

O Brasil compartilha muitas características com o restante da América Latina e, certamente, se desenvolveu lado a lado com seus vizinhos ao longo dos séculos. Mas, por uma série de razões, continua sendo uma figura própria em uma região composta por países igualmente únicos.

Embora o Brasil tenha sido a maior colônia portuguesa nas Américas, a maior parte das colônias do império europeu estava na África. Após o Tratado de Tordesilhas, os espanhóis concentraram a maior parte de seus recursos no continente americano, enquanto os portugueses se dedicaram à costa africana. Exploradores como Bartolomeu Dias, Vasco da Gama e o Infante Dom Henrique buscavam novas rotas comerciais e, nesse período, estabeleceram uma série de colônias ao longo da costa africana (Mamchii, 2023). A primeira foi Elmina, em 1482, onde o império começou a explorar ouro, marfim e a escravização de povos da região do atual Gana.

Durante o tráfico transatlântico de escravizados, os portugueses expandiram seu domínio por outras partes da África para controlar as rotas comerciais e sustentar a exploração no Brasil. Com o fim da escravidão e o início do período imperialista, Portugal formalizou o controle sobre Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe na Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885. Ao mesmo tempo, a Espanha reafirmou seu domínio sobre a Guiné Equatorial — uma antiga colônia portuguesa e a única onde teve uma presença significativa na África (“Conferência de Berlim – Países – Relações Bilaterais”).

A relação de Portugal e Espanha com suas colônias africanas foi muito diferente da presença que tiveram nas Américas. No continente americano, exerceram domínio por séculos — desde os tempos de Colombo até as ondas de independência latino-americana no início do século XIX. Tiveram uma presença intensa em quase todas as suas colônias nas Américas, o que explica por que, hoje em dia, a maioria da América Latina fala português ou espanhol, pratica religiões de origem europeia e compartilha uma cultura relativamente próxima à de Espanha e Portugal.

Na África, porém, o papel de Portugal só se tornou realmente dominante a partir da Conferência de Berlim, quando sua relação com o continente passou a ser mais colonial do que puramente econômica. Esse domínio durou até o colapso do império português em 1974, com a Revolução dos Cravos, em 25 de abril (Mamchii). A Espanha teve um papel ainda menor no continente africano, especialmente após a derrota na Guerra Hispano-Americana de 1898 (Balfour, 1997).

Durante o período de colonização, tanto Portugal quanto Espanha, como o restante da Europa, exploraram os povos locais e suas terras em busca de recursos. Por isso, as ex-colônias africanas tendem a ser menos parecidas com seus antigos colonizadores em termos culturais e sociais, além de apresentarem níveis de desenvolvimento historicamente mais baixos do que as ex-colônias americanas.

Como mostrado no gráfico, os países de língua portuguesa na África apresentam um IDH significativamente mais baixo do que o Brasil, e muitos deles são classificados como tendo um nível de desenvolvimento humano baixo. Possuem níveis inferiores de infraestrutura e, sobretudo, enfrentam pobreza e outros desafios comuns entre países que foram colonizados.

Esse mesmo padrão é visível na única ex-colônia espanhola na África, a Guiné Equatorial, que hoje apresenta uma qualidade de vida inferior à de qualquer ex-colônia hispano-americana. Assim como ocorre nas Américas, os dados sugerem que os indicadores sociais e econômicos desses países se alinham mais com os de suas regiões geográficas do que com os de seus antigos colonizadores. Seria interessante, portanto, comparar esses países com seus vizinhos que foram colonizados por outras potências europeias, como França, Inglaterra e Bélgica.

Outra coisa evidente nas estatísticas é que as colônias africanas tendem a apresentar uma influência colonial menor do que suas correspondentes nas Américas. Nesses países, o português é falado com menos frequência — e, de forma geral, há menos conexão cultural com o antigo colonizador, Portugal (ou Espanha), e também com outros países lusófonos (ou hispanófonos). Por isso, parece que a história colonial portuguesa é quase o único elo entre os países africanos de língua portuguesa, além, é claro, do fato de serem nações africanas.

Apesar das consequências devastadoras da colonização, os países africanos têm conseguido preservar e valorizar suas tradições culinárias, literárias, folclóricas e culturais em geral. Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe compartilham as mesmas cicatrizes deixadas pelo colonialismo, mas hoje seguem revitalizando suas próprias culturas e identidades, tornando-se países independentes e únicos.

Na Ásia, o impacto da colonização ibérica foi ainda mais limitado do que na África. Por isso, esses países têm ainda menos ligação entre si e com o restante do mundo ibérico, em comparação com a América e a África. Ainda assim, essa presença colonial teve importância na
formação do mundo moderno. Hoje, embora quase ninguém fale português em Goa, Macau ou Timor-Leste, ou espanhol nas Filipinas, ainda existem alguns vestígios desses antigos impérios que continuam exercendo algum papel no desenvolvimento local, mesmo com a independência em relação ao mundo ibérico.

Atualmente, o principal foco das línguas portuguesa e espanhola está, indiscutivelmente, nas Américas. A cidade mais populosa de língua portuguesa é São Paulo (a sexta maior do mundo); já a mais populosa de língua espanhola é a Cidade do México, em sétimo lugar
(“Largest Cities by Population”, 2025). Na verdade, São Paulo está entre as dez maiores cidades brasileiras — e Luanda, capital de Angola, já superou Lisboa em população. Do lado hispano-falante, a Cidade do México está entre cinco cidades latino-americanas que já
ultrapassaram Madrid (“Largest Cities by Population”, 2025).

Após séculos de colonização, os centros financeiros, culturais e sociais das línguas ibéricas passaram das metrópoles europeias para as ex-colônias da América e da África, onde a população e as economias continuam crescendo rapidamente.

No entanto, Espanha e Portugal ainda são, em termos per capita, mais ricos do que suas ex-colônias americanas e africanas. Nos últimos anos, ambos os países têm vivido uma trajetória semelhante à dos países do “Cone Sul” da América Latina — o sul do Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile.

Após o período colonial, a ditadura de António de Oliveira Salazar em Portugal chegou ao fim em 1974, com a Revolução dos Cravos (Barrucho, 2023). Um ano antes, em 1973, a ditadura fascista de Francisco Franco havia colapsado na Espanha (Fernandes). Hoje, os dois
países seguem caminhos democráticos semelhantes como vizinhos dentro da União Europeia.

Ambos desfrutam de altos padrões de qualidade de vida e, embora não exerçam mais a mesma influência de antes sobre os países lusófonos e hispano-falantes ao redor do mundo, continuam fazendo parte de uma comunidade moderna de língua portuguesa e espanhola — agora baseada na cooperação, e não mais na exploração.

Sobretudo, os países lusófonos apresentam uma combinação única de semelhanças e diferenças. Embora todos estejam ligados por uma história colonial comum, hoje em dia suas conexões parecem ser mais influenciadas por sua localização geográfica. Na América Latina, por exemplo, o Brasil compartilha diversos indicadores econômicos e sociais com seus vizinhos hispano-americanos. Apesar de ser um país de língua portuguesa, o Brasil também possui muitos elementos culturais e políticos semelhantes aos de outros países latinos — e até dos Estados Unidos.

Por outro lado, os quatro países hispano-falantes do “Cone Sul”, junto com estados brasileiros como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná — onde a tradição europeia é mais marcante — tendem a manter mais afinidades sociais e culturais com seus antigos colonizadores, embora continuem sendo inegavelmente americanos.

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