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10 São Tomé e Príncipe

Dados

Categoria Dados
Capital São Tomé
Tipo de Governo República com forma mista de governo
Data de Independência 12 de julho de 1975
Área (km²) 964 km²
População ~162.755 habitantes
Distribuição População residente em:

Área urbana: 61,43%

Área rural: 38,57%

IDH (0-1) 2000: 0,498 / 2022: 0,613
PIB $678.976.265
Composição Africanos: 95%, Eurafricanos (multirraciais): 4%, Portugueses: 1%
Línguas Faladas Português (língua oficial) (~98,4%), Forró (~36,2%), Cabo-Verdiano (~8,5%)
Religiões Cristianismo: 95,5%, Outras religões: 3,3%, Nenhuma: 1.2%
Economia

Moeda

Cacau, Óleo de Palma, Pesca

Dobra

Geografia

São Tomé e Príncipe é formado por duas ilhas localizadas no Golfo da Guiné, no oeste da África. Ambas as ilhas e quase uma dúzia de ilhotas foram formadas como resultado de erupções vulcânicas que se estabeleceram em plataformas submarinas. A ilha maior, São Tomé, abriga a maioria da população do país. O clima tropical das ilhas permite que a vegetação exuberante pinte sua paisagem, ao lado de vários rios e vales. São Tomé e Príncipe tem um terreno mais acidentado, com várias montanhas e picos, principalmente o Pico do Príncipe e o Pico de São Tomé.

Economia

  • As fontes mais grandes do PIB são o turismo e as exportações como o cacau, copra, e café
  • O PIB é 679 Milhões de dólares.

História

São Tomé e Príncipe Colonial

Localizado no Golfo da Guiné, na África Central, o país de São Tomé e Príncipe é composto pela ilha de São Tomé, pela ilha de Príncipe e por muitas ilhotas menores. Ambas as ilhas eram desabitadas até a descoberta de São Tomé por João de Santarém em 1470 e a descoberta de Príncipe por Pero Escobar em 1471. Os portugueses usaram a posição estratégica das ilhas fora da costa como um centro para o comércio de escravos. Com o estabelecimento dos colonizadores, vieram indivíduos escravizados de Angola, Cabo Verde e Moçambique. As condições climáticas favoráveis, combinadas com o trabalho forçado, levaram os portugueses a estabelecer plantações de açúcar.

Em 1560, São Tomé e Príncipe havia se tornado o líder mundial na produção de cana-de-açúcar, mas essa riqueza foi diretamente para a minoria branca da ilha. A lucratividade da produção de cana-de-açúcar não passou despercebida pelos portugueses quando eles começaram a colonizar o Brasil. A grande colônia logo se tornou uma grande concorrente do açúcar são-tomense, um problema que surgiu junto com o crescente atrito entre a minoria branca e a maioria negra das ilhas, diminuindo a produção econômica do país.

Essas dificuldades provaram ser apenas o início dos problemas na história colonial de São Tomé e Príncipe. A posição benéfica do arquipélago era desejada por muitos piratas europeus da França, Holanda, Inglaterra e outros. São Tomé e Príncipe foi palco de inúmeras ocupações, invasões e violência, fatores que levaram um êxodo em massa de fazendeiros falidos a fugir para o Brasil. Como resultado, teve início o “Grande Pousio”, o período de despovoamento nos séculos XVII e XVIII. Durante esse período, a ilha foi o principal porto de comércio de escravos entre as colônias africanas e o Brasil ou como centro de construção e manutenção dos navios. O Grande Pousio só terminaria com a introdução das culturas do café (1787) e do cacau (1821), reacendendo o trabalho forçado agrícola no arquipélago.

Mudança no Horizonte

Tornando-se o maior exportador de cacau do mundo entre 1895 e 1905, o cultivo da safra provou ser mais do que explosivo para a economia do país, o mesmo se pode dizer de sua sociedade. A resistência social e os movimentos de abolição começaram a se intensificar, para desespero dos proprietários de escravos. Cada vez mais temerosos, os proprietários se esforçaram muito para proteger suas empresas de exploração, mas a escravidão foi abolida na África portuguesa em 1875.

Apesar da abolição da escravidão no papel, os 100 anos seguintes da história de São Tomé e Príncipe poderiam ter sido facilmente identificados como escravidão. Semelhante à criação da meação nos Estados Unidos após a escravidão, os empregados e empreiteiros negros trazidos para o arquipélago de outros países africanos lusófonos recebiam contratos rigorosos, semelhantes aos militares, que ilustravam o oposto da liberdade. De acordo com a historiadora Nazaré Ceita, os trabalhadores passavam pela rua, “amarrados, em fila, uns atrás dos outros para serem inscritos… e depois distribuídos pelas diferentes roças”. Dia após dia, os trabalhadores liam as reclamações feitas sobre eles e eram submetidos a consequências que variavam de prisão no campo a chicotadas. Essas operações flagrantes assolaram o país até 1974.

Naquele ano, Portugal passou por seus próprios movimentos de resistência social, principalmente o 25 de abril de 1974. O governo que assumiu o controle após o golpe concordou em entregar o poder em São Tomé e Príncipe ao Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP), um grupo de tomenses forçados a viver no exílio. Logo depois disso, praticamente todos os colonos portugueses que permaneceram nas ilhas se retiraram para Portugal com medo de um governo negro. O período do governo de transição terminou oficialmente em 12 de julho de 1975, marcando o dia da independência da nação.

Arte

Música

Artistes

Escritores/Poetas

  • Alda Espírito Santo
    • Poeta são-tomense que escreveu a letra do hino nacional e ocupou vários cargos no gabinete do governo
    • Obras famosas incluem O jornal das Ilhas, O Nosso o Solo Sagrado de Terra, e O coral das ilhas
  • José Ferreira Marques
    • Conhecido como Sum Marky
    • Escreveu obras que criticavam o governo colonial Portugues em São Tomé.
    • Os livros também tem um tom provocativo e escandaloso
  • Francisco José Tenreir
    • Poeta são-tomense que representou o país no parlamento Portugues
    • Ensino na Universidade de Lisboa, e escribo muitas obras do sofrimento dos negros nas colonias Portuguesas
    • Obras famosas incluem Ilha do Nome Santo, Poesia Negra de Expressão Portuguesa, Espelho do Invisível
  • https://batepapolinguistico.com/literatura-lusofona/literatura-sao-tomense/

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