5 Brasíl, país continental
Dados
Categoria | Dados |
Capital | Brasília |
Tipo de Governo | República federtiva presidencialista |
Data de Independência | 7 de setembro de 1822 |
Área (km²) | 8.515.767 km² |
População (2022) | ~203.080.756 habitantes |
Distribuição | ~87,3% dos brasileiros vive nas cidades |
IDH (0-1) | 2000: 0,668 / 2022: 0,760 |
PIB | R$11.700.000.000.000 |
Etnias (2022) | Pardos (multirraciais): 45,3%, Brancos: 43,5%, Pretos: 10,2%, Indígenas: 0,6%, Amarelos (asiáticos): 0,4% |
Línguas Faladas | Português |
Religiões (2022) | Católicos: 51%, Protestantes: 28%, Sem religião: 16%, Outras religões: 5% |
Economia | Soja, Cana-de-Açúcar, Café
Real |
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de diversos produtos agrícolas, minerais e industriais. Aqui estão os principais setores de produção:
- Soja (maior produtor e exportador mundial)
- Milho
- Cana-de-açúcar (líder mundial na produção)
- Café (maior exportador mundial)
- Laranja (líder na produção de suco de laranja)
- Carne bovina, suína e de frango (entre os maiores produtores e exportadores do mundo)
- Algodão
- Cacau
História
A história do Brasil começa muito antes da chegada dos europeus, com os povos indígenas habitando a região por milhares de anos. Grupos como os Tupi, Guarani e muitos outros tinham culturas, línguas e modos de vida próprios. Eles praticavam agricultura, pesca, caça e comércio.

Em abril de 1500, o navegador português Pedro Álvares Cabral chegou ao litoral brasileiro e declarou a terra como parte de Portugal. No início, o Brasil não parecia tão valioso quanto outras colônias, mas o pau-brasil, usado para fazer tinta vermelha, despertou o interesse comercial dos portugueses. Com o tempo, especialmente a partir do século XVI, começaram a surgir plantações de cana-de-açúcar, principalmente no nordeste.
A produção de açúcar exigia muita mão de obra, e os colonos portugueses começaram a usar trabalho escravo. No começo, tentaram escravizar os povos indígenas, mas muitos resistiram e morreram por causa das doenças trazidas da Europa. Então, Portugal passou a trazer africanos escravizados em grande escala. Durante mais de 300 anos, o Brasil se tornou o maior destino do tráfico transatlântico de escravos, recebendo cerca de 4,9 milhões de africanos — quase 40% do total que veio para as Américas. Esses africanos foram forçados a trabalhar em plantações, minas e nas cidades. Sua cultura, religião e língua deixaram marcas profundas na sociedade brasileira.
Portugal controlou o Brasil até o início do século XIX. Um momento decisivo foi em 1808, quando a família real portuguesa fugiu para o Brasil por causa das invasões napoleônicas. O rei Dom João VI governou a partir do Rio de Janeiro, que virou capital do Império Português. Em 1821, a família voltou para Portugal, mas deixou o príncipe Dom Pedro I no Brasil. Ele declarou a independência do país em 1822 e se tornou o primeiro imperador do Império do Brasil.
O século XIX foi cheio de mudanças políticas. O Brasil foi uma monarquia até 1889, quando um golpe militar derrubou Dom Pedro II e transformou o país em uma república. A escravidão só foi abolida em 1888, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel. O Brasil foi o último país das Américas a acabar com a escravidão.
No século XX, o país passou por períodos de democracia e ditadura. Getúlio Vargas governou com um regime populista nas décadas de 1930 e 1940, e o Brasil viveu sob uma ditadura militar de 1964 a 1985. Depois disso, o país voltou à democracia, com eleições livres e uma nova constituição em 1988.

Hoje, o Brasil é o maior país da América do Sul em território e população. O Brasil é famoso por sua riqueza natural, diversidade cultural e também por desigualdades sociais. Apesar dos desafios, como a corrupção, o desmatamento da Amazônia e as crises econômicas, o Brasil segue sendo um país importante, com uma história rica formada por indígenas, portugueses, africanos e imigrantes de várias partes do mundo.
Arte
Música
A música brasileira é conhecida por sua diversidade e riqueza cultural, refletindo as influências indígenas, africanas e europeias. O samba, originado no Rio de Janeiro, é um dos gêneros mais emblemáticos do Brasil, com raízes africanas e uma forte presença nas celebrações do Carnaval. Nos anos 1950, surgiu a bossa nova, que combina samba com jazz, e artistas como João Gilberto e Tom Jobim são ícones desse estilo. Nos anos 1960 e 1970, a Música Popular Brasileira (MPB) emergiu como um movimento que misturava diversos estilos musicais, com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. O forró, originário do Nordeste, é um gênero dançante que utiliza instrumentos como sanfona e zabumba, sendo muito popular em festas juninas. Mais recentemente, o funk carioca, um estilo de música eletrônica que surgiu nas favelas do Rio de Janeiro, é conhecido por suas batidas intensas e letras que refletem a realidade das comunidades.
Arquitetura

A arquitetura brasileira é marcada por uma evolução que reflete a história e a diversidade cultural do país. A arquitetura colonial, influenciada pelos portugueses, é caracterizada por igrejas e edifícios públicos em estilo barroco, especialmente em cidades como Ouro Preto e Salvador. No século XIX, estilos europeus como o neoclassicismo e o ecletismo ganharam destaque. O modernismo, liderado por arquitetos como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, trouxe uma nova linguagem arquitetônica ao Brasil, com Brasília sendo um exemplo icônico dessa era. Na arquitetura contemporânea, destacam-se projetos sustentáveis e integrados ao meio ambiente, com arquitetos como Paulo Mendes da Rocha e Marcio Kogan.
Poesia
A poesia brasileira é rica e variada, com influências que vão desde o período colonial até os dias atuais. No período colonial, a poesia barroca, com autores como Gregório de Matos, refletia a complexidade e a religiosidade da época. No século XIX, o romantismo trouxe uma valorização da natureza e da identidade nacional, com poetas como Gonçalves Dias e Castro Alves. Nos anos 1920, o modernismo revolucionou a literatura brasileira, com poetas como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, que buscavam romper com as tradições e criar uma linguagem mais brasileira. Poetas contemporâneos como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira exploraram temas existenciais e sociais, enquanto a poesia marginal dos anos 1970, com autores como Paulo Leminski, trouxe uma linguagem mais coloquial e urbana.